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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ministério da Defesa x Capelania



No dia 20 de maio de 2010 o Ministro da Defesa do Brasil, Dr. Nelson Jobim, recebeu em seu Gabinete, em Brasília – DF, o Presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), Deputado Federal João Campos (PSDB-GO), e o Presidente da Associação Pró Capelania Militar Evangélica do Brasil (ACMEB), Rev. Aluísio Laurindo da Silva. A reunião teve por fim tratar de três assuntos: 1° - Criação de uma estrutura eclesiástica evangélica destinada a supervisionar e coordenar os Capelães Militares evangélicos no exercício de suas atividades pastorais nas Forças Armadas; 2º - Reconhecimento e credenciamento da ACMEB junto ao Ministério da Defesa, como entidade representativa das Igrejas evangélicas que possuem pastores Capelães Militares no Brasil e, 3º - Presença de Capelão Militar evangélico como integrante dos Contingentes Militares no Haiti. Esta é a terceira vez que o Ministro Jobim recebe lideranças da FPE e da ACMEB para tratar dos dois primeiros assuntos. As audiências anteriores datam de 11 de junho de 2008 e 26 de agosto de 2009.
Após cordial recepção à comitiva e recapitulação do processo referente aos dois primeiros assuntos, o Sr. Ministro, Dr. Nelson Jobim, determinou ao Secretário de Organização Institucional do Ministério da Defesa (SEORI), Dr. Ari Matos Cardoso, a que, num prazo de até 15 dias a contar da data desta audiência, elabore documento por meio do qual seja formalizado o atendimento aos requerimentos da ACMEB. Lembrou o Sr. Ministro que a solução favorável por ele concedida ao primeiro assunto (criação de estrutura destinada a supervisionar e coordenar os Capelães Militares evangélicos no tocante às suas atividades castrenses), possui caráter provisório, já que uma solução definitiva depende de lei específica. A solução é a seguinte: um Capelão Militar evangélico, oficial de posto superior, ficará agregado ao Ministério da Defesa e vinculado ao Gabinete do Ministro, com a missão de supervisionar e coordenar os demais Capelães evangélicos das Forças Armadas no tocante às atribuições pastorais castrenses.

O Capelão supervisor receberá da ACMEB as orientações e normas eclesiásticas em que se baseará para exercer suas atribuições junto aos demais Pastores Capelães.
Na oportunidade o Ministro reiterou sua disposição no sentido de levar ao Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, projeto de lei que verse sobre a prestação de assistência religiosa às Forças Armadas por meio dos Capelães Militares evangélicos, tratando assim, no que couber, de matéria não contemplada pela Lei N° 6.923, de 29 de junho de 1981. (À guisa de esclarecimento ao leitor, note-se que no caso dos Capelães Militares da Igreja Católica, o Acordo celebrado entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé, com data de 23 de outubro de 1989, resolve as questões não alcançadas pela Lei 6.923. Já os Capelães Militares evangélicos carecem de igual provimento legal, razão dos requerimentos da AMEB). A tarefa de elaborar o projeto de lei foi confiada por Jobim ao Dr. José Júlio dos Reis.
O terceiro e último assunto se refere à participação de Capelão Militar evangélico na Missão de Paz no Haiti, como integrante dos Contingentes militares brasileiros. João Campos alegou tratamento discriminatório nos critérios utilizados quanto ao envio de Capelães Militares como integrantes dos Contingentes que têm ido ao Haiti. Exemplificou: durante o envio dos treze Contingentes só o primeiro contou com Capelão evangélico. Por que? Foi exigido que o Capelão possuísse o posto de capitão e que falasse inglês fluentemente. O único que atendeu tais requisitos foi um Capelão evangélico, daí sua designação. A partir do segundo Contingente a exigência de fluência em inglês foi retirada e nunca mais foi designado um Capelão evangélico e sim, somente católico. Diante dessa situação, João Campos solicitou ao Ministro Jobim que estudasse a possibilidade de rever os critérios que têm sido adotados a fim de que Capelães Militares evangélicos também possam participar de tão relevante missão.
Incontinenti o Sr. Ministro decidiu que a partir de agora cada Contingente que for ao Haiti contará com a presença do Capelão Militar evangélico também.
Na avaliação de João Campos a audiência “...”, disse.
O Rev. Aluísio, que tem se esforçado pela criação de estrutura evangélica representativa sediada no Ministério da Defesa para atender necessidades próprias da Capelania castrense evangélica, declarou: “Graças a Deus que o Ministro da Defesa, Dr. Nelson Jobim, demonstrou grande sensibilidade aos assuntos apresentados e boa vontade para nos ajudar a resolvê-los. As decisões por ele tomadas hoje criam condições para que as Igrejas dos Capelães possam melhor cumprir suas responsabilidades missionárias, eclesiásticas e pastorais pertinentes à missão castrense. Criam, inclusive, caminho para a observância de diversos dispositivos da Lei N° 6.923. Estou convencido de que as soluções concedidas pelo Ministro, ainda que em caráter provisório, contribuirão decisivamente para que a prestação de assistência religiosa pelos Capelães evangélicos seja mais efetiva, conveniente e significativa. Os maiores beneficiados serão os militares e funcionários civis assistidos, seus familiares e, por vias de conseqüência, suas respectivas Forças. Isso é o que todos queremos”.
Integraram a representação da FEP, além do Deputado Pastor João Campos, seus colegas: Zequinha Marinho (PSC/PA) e Manoel Moreira ( ? /SP completar os dados), e ainda os Assessores Pastor Pedro Laurindo da Silva e Agmar Dias Magalhães Júnior. O Dr. José Júlio dos Reis, advogado da ACMEB, acompanhou o Rev. Aluísio. O Dr. Ari Matos Cardoso, titular da SEORI e o Brigadeiro Sérgio Luiz de Oliveira Freitas, Assessor Chefe da Assessoria Parlamentar do Ministério da Defesa, participaram da reunião.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Concurso para Capelão da Marinha



Capelania Hospitalar Lorena Informa Concurso para Capelão da Marinha


(veja aqui os editais). Para o quadro de capelões navais do corpo auxiliar são duas vagas, uma para sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana uma para pastor da Igreja Assembleia de Deus. A prova está marcada para o dia 12 de junho. As inscrições devem ser feitas de 12 a 26 de abril pelo site http://www.ensino.mar.mil.br/, no link "Concursos".

sábado, 20 de março de 2010

CONCURSO PARA CAPELÃO NA PM-RJ



Capelania Hospitalar de Lorena
Comunicação
Polícia Militar do Rio de Janeiro abre concurso para contratar 2 pastores evangélicos

O candidato deve ter idade mínima de 18 anos e máxima de 35 anos para a área de saúde. Para o quadro de pedagogo e de capelão a idade máxima é de 30 anos. A altura mínima é de 1,65m para homens e 1,60m para mulheres. As inscrições podem ser feitas diretamente no site http://www.policiamilitar.rj.gov.br/ ou nas unidades da corporação credenciadas em todo o estado até o dia 17 de abril. O valor da taxa é de R$ 120,00 a ser pago no Banco Itaú. Para concorrer à isenção, é necessário comprovar renda média mensal familiar menor ou igual a R$ 511,00. Além do exame intelectual, previsto para julho deste ano, os candidatos também serão submetidos aos exames antropométrico, que avalia o peso e a altura, médico, físico, psicológico e pesquisa social e documental, que inclui também o teste toxicológico. Todos os exames têm caráter eliminatório, exceto a prova de títulos, de caráter classificatório. Os candidatos aprovados dentro do número de vagas serão matriculados no Estágio Probatório de Adaptação de Oficiais (EPAO), a ser realizado na Academia de Polícia Militar D. João VI, em Sulacap, com duração de seis meses. Com a aprovação no curso, os futuros oficiais serão nomeados no posto de 1º tenente. O último concurso foi realizado em 2001 para o preenchimento de 500 vagas. Desta turma, que se formou em abril de 2002, já há oficiais no posto de major. Outras informações podem ser obtidas no Centro de Recrutamento e Seleção de Praças (CRSP), na Avenida Marechal Fontenelle, nº 2906, Sulacap, Rio de Janeiro, CEP: 21.740-001. Os telefones são (21) 2333-5650 e 2333-5060, no horário das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. As provas discursiva e de redação serão aplicadas no dia 11 de julho.

Pr. Capelão Ricardo Solano
http://www.pastorricardosolano.blogspot.com/

segunda-feira, 1 de março de 2010

CAPELANIA HOSPITALAR


A doença representa uma dramática prova que todo ser humano tende a enfrentar. E o sofrimento gera conflitos profundos,que podem levara perder o gosto pela vida e até clamar pela morte . Até o relacionamento com Deus pode ser interrompido por causa da doença, pois ela abala violentamente e transforma toda existência ,deixando uma sensação de impotência e abandono. Ela nos mostra que não somos totalmente independentes e auto-suficientes ,mas que dependemos uns dos outros . E sentir-se dependente não é uma sensação agradável .Não deixa à vontade quem depende e incomoda quem ajuda, Na maioria das vezes ,essa experiência é sentida como crise,fazendo-nos sentir o corpo,deixando uma sensação nada agradável . A doença nos impede de fazer rotinas do dia-a-dia ,nos tira o convívio familiar e dos amigos, nos isola e principalmente, nos leva à solidão .Por mais que as pessoas se esforcem para compreender o enfermo, ninguém sentirá o que ele sente.
Além de todos os sofrimentos, o doente , por sua vez tem de se defrontar comum ainda maior :o medo de morrer.
Neste momento,entra em cena uma série de crises e onde apavorar-se e angustiar-se é um processo natural. O próprio Jesus demonstrou esse sentimento na cruz , confirmando essa teoria :”Meu Deus Meu Deus ! Por que me abandonaste?” (Marcos 15.34). Até Deus parece fugir na hora do sofrimento e da morte. No entanto , a caminhada de Jesus para a morte, revela algo surpreendente: “Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas 23.46). Atitude suprema de quem encara a vida como algo que ultrapassa as realidades terrenas e mergulha no infinito de Deus,que é o Pai em quem devemos confiar até as últimas conseqüências .Salto esse que só aqueles que têm fé conseguem dar. A vida se encerra no sofrimento e na morte, mas se abre para Deus numa incrível e nova dimensão .
Sendo assim, aqui está a importante obra da capelania hospitalar: desenvolver sua habilidade de acolher os sentimentos expressos nas lagrimas, e manter viva e atuante no doente a fé genuína em Deus.
Em meio a tanto sofrimento, é muito notório dentro das instituições hospitalares a preocupação com a humanização, onde os meios utilizados para transformar as unidades de sofrimento são casa vez mais apresentados num sentido de respeitar o paciente como um complexo bio-psico-sócio-espiritual, tendo sentimentos, necessidades próprias, decisões a serem tomadas com a sua participação e, acima de tudo,falar o que sente para que todos possam ouvi-lo,pois sendo tratado como um todo pode ser realmente saudável . A capelania tem uma grande parcela de contribuição para a humanização hospitalar, pois quebra toda uma barreira que, durante anos ,imobilizou perspectivas , sentimentos e emoções. A capelania evangélica ,tem uma missão especifica dentro da instituição hospitalar, que é demonstrar o amor de Jesus e sua salvação, complementando o serviço médico: salvar vidas, ma, não podemos nos privar de contribuir para o bem estar de seus familiares e equipe multidisciplinar , pois, participamos de grandes mudanças que estão a caminho, onde todas elas se voltam para o resgate dos valores que se perderam ao longo do tempo: dignidade, respeito pelo outro,solidariedade,amizade , cooperação ,paz , amor ao próximo e à vida. Vejamos o exemplo de Jesus, o maior de todos os capelães (participou do sofrimento das pessoas, consolou, chorou,alegrou-se,mas curou as feridas da alma e deu nova vida para todos os que cressem n’Ele , e “Tomou sob si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças” Isaias 53.4, além de estar entre as pessoas que necessitavam de uma palavra amiga, teve parte nas dores das pessoas,consolou,se alegrou,chorou,ensinou,curou e morreu para nos salvar.
Mas, a sua morte não encerrou o seu amor para conosco, pois Ele lutou nas regiões celestiais e venceu a morte, ressuscitou e nos garantiu a vida eterna.
Com certeza o exemplo do Mestre da vida ,Jesus Cristo ,nos fortalece e, através do seu Espírito Santo, nos capacita para investirmos com as nossas vidas, nessa importante missão dentro dos hospitais,pois o grande número de pessoas que por ali passam a cada dia se multiplica, e não podemos nos esquecer das palavras do Senhor Jesus “Estive enfermo e vocês cuidaram de mim” Mateus 25.36b. Que possamos ter nesse trabalho, responsabilidade, sem nos esquecer de que,acima de tudo precisamos estar bem preparados espiritual , física e psicologicamente pois não podemos nos esquecer de que estamos dentro de uma instituição que trata com doenças , e suas conseqüências em certas circunstancias , requer cuidados específicos, para que não sejamos condutores de infecções aos pacientes ou receptores.Devemos estar preparados para enfrentar situações de extremo impacto para com os nossos olhos, e diante desses quadros ,agir com mansidão e tranqüilidade para não transmitirmos ao paciente choque por causa de condição física. Sempre evitar o contato com o hospital em caso de baixa resistência imunológica. A presença do trabalho de capelania dentro da instituição deverá ter fortes vínculos de ligação com a direção ,pois,deve ser sempre uma voz de intermediação no contexto hospitalar,onde a sua proximidade com a equipe médica e funcionários ,mantém-se de maneira harmoniosa.

A CAPELANIA DIANTE DA MORTE

Quanto mais avançamos no campo da ciência ,mais parece que tememos e negamos a realidade da morte. Vivemos uma época onde as pessoas temem em falar sobre o assunto,pois,encaram a mote como um tabu,sendo que morrer é muito triste,solitário ,sobretudo mecânico e desumano. No passado o assunto era tido como algo comum e natural a todos nós ,mas como o evoluir dos anos ,as pessoas abandonaram a reflexão , e a manifestação da emoção não é vista com bons olhos; somente um sentimento de perda é expresso, sendo ligeiramente ocultado das relações pessoais e, principalmente,das crianças.Mas a perda é muita abrangente em nossa vida,pois perdemos, não só pela morte , mas também por abandonar e ser abandonado, por mudar e deixar coisas para trás e seguir nosso caminho.
E nossas perdas incluem não apenas separações e partidas dos que amamos ,mas, também , a perda consciente ou inconsciente de sonhos românticos, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança e a perda do nosso próprio eu jovem, o eu que se julgava para sempre imune às rugas,invulnerável e imortal. As perdas fazem parte da vida universais ,inevitáveis, inexoráveis. E essas perdas são necessárias porque ,para crescer,temos de perder, abandonar e desistir.
De acordo com a famosa tanatóloga, norte – americana Elisabeth Kublrr Ross, o paciente enfrenta cinco estágios da perda. O primeiro é a negação, onde o doente nega sua própria condição ,ou seja , a doença.
O segundo é a raiva , onde ele toma consciência de que sua doença é realmente grave e isso lhe causa muita revolta. O terceiro é a barganha ,pois já que não adiantou negar nem ficar revoltado ,tenta tirar algum proveito da própria doença, onde tentará barganhar ou até trocar com Deus. O quarto é a depressão, fase essa que o doente não quer receber visitas e ,ás vezes ,até a família é atingida por esse comportamento.
Esse momento, a equipe de capelania precisa entender e respeitar pois é o momento de interiorização do doente, E, por fim,vem o quinto estagio , que é a aceitação. Não é um momento fácil ,mas o doente aprendeu a conviver com a doença e a aproveitar o tempo que lhe resta.
A presença da capelania ,embasada em uma conduta cristocêntrica atua nessa situação alicerçada na fé e autoridade da Palavra,pois o seu íntimo relacionamento com o dono da vida nos dá motivo para ter esperança,até mesmo , nos momentos de dor.
“Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu ,cremos também que Deus trará , mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram”1 Tassalonicenses 4.14

“Podemos confortar e animar uns aos outros com essas palavras, convencidos de que, no futuro, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados, Quando porém ,o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade , e o que é mortal , de imortalidade, então se cumprirá a palavra que esta escrita:A morte foi destruída pela vitória” 1Coríntios 15.52,54

A morte não é o fim da existência ; ela é o começo da vida eterna.
A morte física vai continuar existindo enquanto o diabo tiver permissão de exercer poder sobre a morte,mas, através da crucificação e da ressurreição ,Jesus derrotou a morte e prometeu que todo o que vive e crê nele “Não morrerá eternamente” .
A atuação da capelania nesse contexto, deve ser de apoio às pessoas envolvidas,saber ouvir,orar com sabedoria,mostrar-se sempre acolhedor e receptivo.